segunda-feira, 24 de março de 2014

Teto rebaixado oferece soluções que vão muito além da estética

Teto rebaixado oferece soluções que vão muito além da estética

Redação Bonde
Para criar um projeto de interiores que ofereça conforto, funcionalidade e beleza, é preciso cuidar de cada elemento desde o piso até o teto, literalmente. Para os tetos, uma das soluções mais indicadas por profissionais do design de interiores, é o rebaixamento com gesso. Uma ideia versátil, que cai bem em vários tipos de projetos. "O rebaixamento pode ser especificado tanto para projetos comerciais quanto corporativos. Afinal, suas funções vão além da estética", avisa a designer de interiores Fabiana Visacro.

Divulgação/Daniel Mansur
Neste projeto, o arquiteto Luís Fábio Rezende de Araújo lançou mão do gesso para embutir a infraestrutura do ambiente e para dividir os ambientes


De acordo com a profissional, uma das principais atribuições que o gesso agrega é a capacidade de criar uma iluminação mais sofisticada. "O gesso é um grande aliado para se desenvolver um bom projeto luminotécnico. Sem ele é praticamente impossível criar a iluminação mais adequada para cada ambiente. Até existem outras opções, mas ele ainda é a mais viável", analisa Fabiana.

O arquiteto Luís Fábio Rezende de Araújo concorda e lembra que o gesso é um elemento que permite camuflar no ambiente toda a infraestrutura do espaço. "Entre o forro e a cobertura podem estar as tubulações elétricas, hidráulicas (no caso de áreas molhadas no pavimento superior), cabos de automação, áudio, vídeo, caixas de som ambientes, câmeras de monitoramento e até projetores de imagem, no caso de uso do telão", enumera.

Divulgação/Oswaldo Castro
No quarto da menina o gesso forma um L lilás, com a parede, delimitando a área de estudos


"Em um dos meus projetos, fiz um forro em gesso sobre a sala de jantar, e ali instalei o projetor de imagem, as caixas de som e ainda abri um rasgo para um trilho de luz e uma sanca com iluminação indireta", conta o arquiteto, lembrando que optou por limitar o forro de gesso apenas à sala de jantar, para criar uma divisão com os outros ambientes do projeto.

Fabiana Visacro também é adepta do gesso como recurso para dividir ambientes. "Utilizei o gesso, por exemplo, em um quarto de menina. Como o espaço reunia área de vestir, dormir, estudar e brincar, utilizei o gesso que forma um L com a parede colorida, delimitando a área de estudos", conta a designer. O mesmo recurso também pode ser empregado em espaços comerciais. "Adoro usar o gesso para suprir este tipo de necessidade . Às vezes, temos ambientes integrados mas que precisam estar setorizados para não criar a ideia de confusão do espaço e desorganização. Foi o caso do projeto de um consultório odontológico que executei. Ao invés de criar obstáculos no ângulo de visão e tornar o espaço mais compacto, preferi deixar as duas salas integradas, mas delimitadas pelo detalhe de gesso e da iluminação", recorda Fabiana.

Para quem se simpatiza com a ideia, a designer faz um alerta: "Não aconselho para ambientes onde o pé-direito seja muito baixo. Minha média é 2,60 m. Se tivermos essa altura ou mais, podemos usar o recurso sem medo". Luís Fábio, ratifica a sugestão de Fabiana e acrescenta: "Verifique se haverá lustre ou outros objetos fixados no forro, para que ele seja reforçado. Uma boa ideia é sempre optar pelo forro estruturado, que é mais resistente e tem a garantia de alinhamento perfeito".

Divulgação/Daniel Mansur
Segundo Luís Fábio, é importante preservar as juntas de dilatação entre o forro e as paredes. O visual estético do forro "solto" é mais interessante e permite que as paredes ganhem outras cores

quinta-feira, 20 de março de 2014

GESSO ACARTONADO
     Material produzido industrialmente e com qualidade controlada, o gesso acartonado integra-se ao repertório dos profissionais brasileiros em todos os tipos de obra. Alguns arquitetos já afirmam que quem trabalha com o novo sistema não volta mais para a construção tradicional.
     Muito comuns na Europa e Estados Unidos, os painéis de gesso acartonado vem ganhando o mercado brasileiro. A procura vem aumentando de 40% a 50% ao ano e mostra que o material vem conseguindo apagar a imagem de aparente fragilidade, prometendo tomar o espaço da tradicional alvenaria. Com muitas vantagens.
     As placas de gesso acartonado substituem alvenarias e argamassas de revestimento em uma única operação, permitindo a fácil instalação dos dutos de água, energia e dados. O sistema consiste, basicamente, em uma estrutura interna que suporta painel de gesso, formando paredes mais ou menos espessas que podem, inclusive, ser curvas. Assim, aplicam-se a divisórias ou acabamentos internos, em ambientes diversos, como cinemas, hospitais, hotéis e banheiros.
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     Para se obter os melhores resultados, o ideal, quando se pensa em construção seca com gesso, é que, em primeiro lugar, tudo seja planejado cuidadosamente, especificando-se os pontos de instalação de prateleiras, peças sanitárias, pontos de água e de energia, sem improvisações. Em segundo lugar, é recomendável utilizar o sistema completo para que ele realmente traga benefícios. "O ideal é que a arquitetura parta junto com a solução tecnológica", comenta o arquiteto Henrique Cambiaghi.
     A partir daí, há uma solução para cada projeto. Montada a estrutura principal, pode-se colocar uma ou mais placas, fazer tratamento acústico ou térmico, adicionar reforços necessários para sustentar armários ou pias, verificar onde serão usadas paredes especiais para umidade ou resistência ao fogo. Terminada a montagem, a superfície resultante é uniforme, com aparência monolítica, e aceita qualquer tipo de revestimento: pintura, colagem, cerâmica, pastilhas e até mesmo pedras, como mármores. Para a isolação acústica são usadas várias placas com os seus vazios preenchidos com lã mineral . Por fim, para a fixação dos painéis, cada fabricante disponibiliza de um sistema de buchas e parafusos específico, incluindo pontos de ancoragem de cargas, que suportam até 30kg por ponto fixo.
     Seu uso parece ser ilimitado. A rede de cinemas carioca UCI, no Rio de Janeiro, o Credicard Hall, em São Paulo, apartamentos residenciais, como o Condominium Park Ibirapuera e prédios de escritórios, como a Torre Norte, são exemplos de uso das placas. Elas também dividem ambientes no Via Funchal, em São Paulo, no Senado Federal, em Brasília, e no museu Guggenheim, de Bilbao.
     As vantagens, segundo os fornecedores, são muitas. Por ser leve, reduz de 10% a 15% as fundações e estruturas, sua execução é mais rápida, diminuindo a mão-de-obra, e a quantidade de sobras e entulhos é menor, eliminando quebras e bota-fora de materiais. Além disso, o sistema possibilita a modificação de layout dando flexibilidade ao projeto e, em alguns casos, proporciona o aumento de área útil, uma vez que as paredes podem ser mais finas. Some-se a isso o ganho financeiro com a redução do tempo de obra.
     Existem diversos tipos de chapas: normal, resistentes à umidade e ao fogo. As placas resistentes à umidade são tratadas com produtos hidrofugantes, como o silicone. Já as resistentes ao fogo possuem aditivos para retardar a liberação de água da chapa, evitando o colapso da peça. Espessuras, larguras e resistências podem ser ajustadas de acordo com o projeto. Pode-se aumentar o número de placas, elevando a resistência mecânica e ao fogo e melhorando a isolação acústica. Um bom exemplo são as divisórias de cinema, que usam três placas de cada lado e tratamento acústico especial. No caso de hospitais, por exemplo, há necessidade de um vão maior entre as placas para acomodar os equipamentos específicos. E existem, também, sistemas concebidos para isolar salas de raios X. Cada projeto é um caso a ser analisado e, para todo caso, há uma solução.
     A grande novidade nesses sistemas de construção a seco, entretanto, são os subsistemas disponíveis, que acrescentam algumas vantagens à obra. Quando o assunto é banheiro pode-se citar o sistema de tubulação flexível para água (PEX), os plásticos aplicados como pisos, box, peças de fechamento de shafts, carenagens, sistema de bacia com sistema horizontal, caixas de descarga de embutir e sistemas de proteção da estrutura metálica interna para evitar o contato do cobre com o aço.
     Na parte elétrica, o mercado já oferece caixas para tomadas e interruptores desenvolvidas especialmente para o gesso acartonado. Elas possuem formato adequado ao material, presilhas especiais para prendê-las nas chapas e marcação para se fazer os furos.
     Para os acabamentos existem as argamassas especiais, os laminados de revestimento (plásticos, melamínicos) e suas colas adequadas. Peças de madeira com tratamento especial também integram o sistema, funcionando como estrutura interna ou componentes de reforço para fixação de cargas. Em qualquer caso, a madeira é tratada para não apodrecer, "dar cupim" ou empenar. Portas e esquadrias também foram desenvolvidas para o sistema. A maior novidade são as portas prontas que, fixadas com espuma adesiva, proporcionam um encaixe perfeito.
     Para o arquiteto Roberto Candusso, a implantação deste tipo de tecnologia foi o ponto culminante para a conclusão rápida e "vencedora" do Hotel Ibis Casa Verde, em São Paulo. A vedação interna do Ibis ganhou paredes com chapas duplas de gesso acartonado e mantas de lã de vidro para uma acústica melhor. "Esse sistema gera economia, limpeza e agilidade durante a obra, sem interferir nas instalações hidráulicas que se adaptam perfeitamente à tecnologia. O sistema nasceu para inovar o mercado da construção."
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     No escritório Aflalo & Gasperini Arquitetos, quase todas as obras usam gesso, principalmente no forro. No Central Towers Paulista (duas torres com flats e consultórios), o gesso está no forro e nas paredes. Já no projeto Água Branca, também em São Paulo, as quatro torres de escritórios usarão placas de gesso nos shafts, paredes internas e forros.
Fonte: Revista Arquitetura & Urbanismo - out/nov-99.

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